Nos nossos últimos encontros, experimentamos como a empatia e a escuta ativa são capazes de nos auxiliar na ampliação de nosso olhar sobre o mundo e sobre o outro. A partir do momento em que se torna claro que a comunicação efetiva deverá pressupor a presença desse outro com quem dividiremos algo, passa a ser essencial que nos preparemos para acolher o falante/autor/ouvinte/leitor que se posta diante de nós. Será possível, assim, que a partilha desejada por meio da comunicação dê mais alguns passos em direção à efetividade que tanto buscamos.
Seus hábitos... de leitura
Falando em preparação, como anda o seu hábito de leitura? Vai bem, obrigado, ou... assim, assim...? Desde a apresentação de nossa jornada, já adiantávamos que “para aprender a se expressar de forma clara, é indispensável aprender a pensar de forma clara. A forma mais simples de aprender a pensar de forma clara é praticando os hábitos de leitura e escrita.” Não, não. Não se trata de um puxão de orelhas. Calma! Longe disso. Trata-se tão somente de sinalizar um pequeno ajuste profundamente necessário: sabe aquele hábito de leitura do início deste parágrafo? Pois é... De tão superpoderoso, ele não coube em si e se multiplicou em pelo menos mais três.
A boa notícia? Isso só nos ajudará a enxergar mais longe, ou melhor, a ler com olhos capazes de ultrapassar a superfície e alcançar uma profundidade que inicialmente nem imaginávamos ser possível atingir. Uma espécie de “visão além do alcance”, mas sem precisar da Espada Justiceira (essa mania de remeter aos anos 80...). E, então? O que acha de um mergulho? Só não se esqueça do escafandro (será que isso ainda existe?).
Aquecendo os neurônios
A pilha de hábitos não para de crescer e a sua primeira tarefa será aprender a empregá-los juntos ou separadamente, a depender daquilo que a leitura vier a exigir. Treinar essa capacidade de selecionar ou agrupar é primordial para que sejamos eficientes em relação ao desenvolvimento do potencial de interpretação, de compreensão. Vamos começar por um pequeno desafio. Você gosta de resolvê-los? Se respondeu “não!”, é porque ainda não tentou resolver um igual ao que iremos propor. Soou prepotente, né? Ah, mas é claro... Quando se trata de preparar as melhores ferramentas para que você atinja os objetivos deste encontro, podemos, sim, parecer um bocadinho prepotentes. Apenas parecer... estamos combinados? Na verdade, acreditamos demais em sua capacidade de desenvolvimento. Por isso, sem mais demora, pedimos que leia os dois textos a seguir e, logo depois, resolva o desafio proposto.
Texto 1
Texto 2
Desafio
Interdependentes os textos não são, mas só será possível interpretar integralmente o outro se aprendermos o que nos aponta claramente um.
🔥
Fica a dica: os dois textos foram produzidos por “Paweł Kuczyński”.
Objetivos do encontro
Depois desse encontro, você será capaz de:
Selecionar e relacionar adequadamente informações variadas para ampliar o potencial de compreender textos
Desenvolver a capacidade de analisar criticamente aquilo que está sendo lido
Hábitos da semana
#lenteinterpretativa: Ao ler um texto, identifique como as experiências e expectativas anteriores determinam o seu conhecimento sobre o assunto e reaja de acordo.
#contexto: Ao ler um texto, busque situá-lo historicamente, geograficamente, socialmente, culturalmente etc.
#crítica: Ao ler um texto, dialogue ativa e criticamente com ele.
O que devo fazer para me preparar?
Procure responder à seguinte questão: em que medida os hábitos já trabalhados atuariam no desenvolvimento de uma leitura realmente efetiva?
🔥
Praticando os hábitos - #menteaberta + #escutaativa
Resolva o desafio proposto na seção “Aquecendo os neurônios”.
PARA REFLETIR:
"Todo texto é uma máquina preguiçosa, pedindo ao leitor que faça uma parte do seu trabalho”. (Umberto Eco)